Estamos em 2020, auge da pandemia. Estamos nos desligando de uma época de correria, de trabalhar para viver, de consumismo desenfreado, e entrando, involuntariamente, para uma época de verdadeira reflexão.

Podemos questionar o quanto realmente precisamos das coisas e para quê. Podemos nos questionar sobre nossas profissões e ocupações. Sobre as escolhas que fizemos até o momento atual de nossas vidas.

Podemos nos questionar sobre o que nos levou até nossa atual situação financeira, sobre o que nos levou até nossa atual situação social, e se realmente as pessoas que nos cercam agora, nos fazem sentir realmente bem ou se não nós acrescentam nada.

Essa época, também nos faz questionar o que nós mesmos trouxemos de valioso para o mundo, para as pessoas e para as relações que temos. E o quanto investimos de tempo para nos dedicar a as pessoas que realmente são importantes para nós.

Esse tempo de pausa, de enorme frenesi de ideias, que temos que confrontar a nós mesmos, e conviver com as pessoas próximas, nos leva a repensar nosso comportamento, no dia a dia. Nossos hábitos de consumo, e hábitos sociais precisam ser questionados, e devemos nos perguntar: para quê?

Para quê vamos nos reunir hoje, e se arriscar contagiar, se podemos nos controlar e evitar um mal maior? Para quê vamos comprar determinada coisa agora? Isso, pode esperar…

Acredito, que após a pandemia, tudo o que talvez, hoje, faça sentido, não fará. As pessoas vão cultivar mais plantas, vão valorizar comidas caseiras, vão comprar menos roupas, valorizar brechós e itens de reuso. Vão valorizar menos shoppings e mais reunião de amigos. As profissões vão sofrer adaptações, os interesses e formatos de apreciação vão mudar.

As artes e a música vão ter sua importância valorizada, e a preservação e conhecimento histórico serão finalmente valorizado pelas nações.

Essas, são minhas aspirações, mas espero que de uma grande maioria também. Pois o mundo maravilhoso que queremos está muito perto de presenciamos. Infelizmente, não antes de grande tristeza.